10 de dezembro de 2020
A Prefeitura Municipal de Matutina, através da Diretoria de Cultura, oficializou no último dia 07, de dezembro, a entrega do Museu da cidade.
O espaço museológico, assinado por João Otávio Coelho, é dedicado a memória e história de matutina, e levara o nome do artesão e filho da terra, Sr. Lazaro Ferreira Silva – Biquita.
BIQUITA (Lázaro Ferreira da Silva), nasceu em 12/04/1932 na cidade de Matutina, filho de Antônio Adelaide Porfírio (Antônio Chica) e Maria Antônia da Silva (Bilia). Era o terceiro filho da prole dos doze irmãos.
Na infância, Biquita trabalhava com o pai na lida rural, desempenhando inúmeras funções como: plantar, cultivar, colher e cuidar das criações. Ainda, trabalhou como auxiliar do senhor João Bosco Morato e Dona Ega Morato no cultivo de suas hortaliças.
Com a morte do pai, Biquita ajudou a cuidar dos irmãos mais novos, apoiando na educação financeira e moral dos mesmos. Logo em seguida, aprendeu a profissão de Seleiro com Plínio Caetano e a aprimorou com José Martins de Morais (Juca Mélia).
Pois bem, Biquita se tornou seleiro, ou seja, profissional que faz selas e objetos relacionados a montaria em animais como: rédeas, cabrestos, cabeçada, chicotes entre outros apetrechos para encilhar animais. Foi referência em seu ofício, soube manusear o couro com a delicadeza desejada fazendo com que os objetivos se transformassem em verdadeiras obras de arte através das costuras e desenhos feitos manualmente.
Em 03/07/1971, Biquita, casou-se com Maria Ilda Alves da Silva e dessa união nasceu a filha Flávia Aparecida Alves Santana, que veio a casar com Geovani Santana. Desse relacionamento, nasceu Pablo Vinicius Alves Santana, neto de Biquita. Com o ofício de celeiro, Biquita criou sua família, chegando a formar sua filha em dois cursos superiores.
Muitas eram as paixões de Biquita, entre elas se destacava a dança da qual era conhecido como ‘’pé de valsa’’. Também era apaixonado por futebol, do qual era torcedor fanático do Clube Atlético Mineiro.
De humildade in igualável, Biquita deixou sua marca, foi um homem bom. Destacou-se como marido, pai, avó, tio, irmão, sogro e amigo, pois, tratava todos com muita simpatia. Com um sorriso marcante, tratava com muita polidez seus amigos e clientes que chegavam em seu estabelecimento.
Exerceu sua profissão até quase seus últimos anos de vida. Faleceu em 04/04/2017, deixando seu legado na arte e cultura de matutina.
Ninguém continuou o ofício do Seleiro Biquita, mas como recordação há várias peças espalhadas pela região que são de sua autoria. Como homenagem, o município de matutina nomeou o Museu com o seu nome, fazendo com que sua memória fique preservada para a posteridade.
A inauguração simbólica do Museu, contou com a presença do Prefeito José Adolfo Ribeiro Junior, da Diretora de Cultura, Lidiane Silveira de Camargos, e de Camila Rodrigues e Sandra Lilia de Melo, Presidente do COMPAC, Maria da Glória Amorim e o Presidente do Conselho de Turismo José Ricardo Bernardes.
Para visitação autoguiada, o Museu Biquita está aberto das 08h00 às 11h00 e das 12h30 às 16h00 de segunda a sexta – feira.
O Museu está instalado no Rua José Londe Filho, 708.
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